DA DESESPERANÇA
Há um tempo perdido no espaço
na linha que me separa do ontem
na linha que divisa o horizonte
do que aconteceu nesses passos
e que enumera todas as horas
em dias tortos de um calendário
mofado em suas páginas, diário
de inúteis recordações raptoras,
queimando em uma eterna bruma
de todos os sonhos, ectoplasmas
que alma insistentemente exuma
trazendo à tona seus fantasmas
que vêm trocar minha doce paz
por esta desesperança tão voraz.
26 de Fevereiro de 2013