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ENCURTANDO DESEJOS
 


Já sou feliz, desejos encurtando.
Afora disto, mais serei sofrido,
indo viver é com olhar comprido,
amargurando a vida, vez em quando.
 

Vontades muitas? Vou-me exercitando:
quereres corto, pois que faz sentido.
Não levo o mundo em meu nariz metido
e, a me conter, não vou me exasperando.
 

Olhudas gentes nem me vão à missa,
que vou sozinho, quando ou se quiser:
quem tudo quer só vai ao consumismo.
 

Desejos menos ter não traz cobiça:
jamais tão bem está quem só mais quer,
impondo a si o mal do egocentrismo.
 

Fort., 13/05/2013.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 13/05/2013
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