O QUANTO VALE. soneto- 378.
O quanto vale ser sincero às vezes penso,
Vendo que o mundo vive apenas de ilusão,
Em confuso fado todo homem anda tenso,
Sendo a favor do que vem-lhe ao coração.
O quanto vale abraçar uma vida regalada,
Em meio a um mundo tão cheio de desvios,
Cambaleando suporta o homem a jornada,
Atravessar barreiras eis seu maior desafio.
O quanto vale abdicar ao lado verdadeiro,
Se cada vida é descida em despenhadeiro,
Em frágil corda quebrar-se seguramente.
O quanto vale prosseguir-se em plena luta,
Sem intuir se a marcha é longa ou curta,
Embora as curvas estejam à nossa frente.
Cosme B Araujo.
13/05/2013.