NOITE ESCURA DO TEMPO INFINITO

Noite escura, gentil tempo infinito;

Esconde seu segredo tão diverso,

Nesta inconstância deste próprio verso,

Em alma que já solta o duro grito.

De cada vez que se vê mais aflito;

Das mudanças que ocorrem no universo,

Numa mente, em espírito perverso,

Que desfaz seu mal em constante mito.

Daquilo em que parece mesmo ser,

Vem-se a confirmar de que não se crê,

No que até mais se possa conhecer.

Busca interpretação do que se lê;

Que deva mesmo assim esse entender,

Do que se sente, mas que não se vê.

ANGELO AUGUSTO

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 13/05/2013
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