NOITE ESCURA DO TEMPO INFINITO
Noite escura, gentil tempo infinito;
Esconde seu segredo tão diverso,
Nesta inconstância deste próprio verso,
Em alma que já solta o duro grito.
De cada vez que se vê mais aflito;
Das mudanças que ocorrem no universo,
Numa mente, em espírito perverso,
Que desfaz seu mal em constante mito.
Daquilo em que parece mesmo ser,
Vem-se a confirmar de que não se crê,
No que até mais se possa conhecer.
Busca interpretação do que se lê;
Que deva mesmo assim esse entender,
Do que se sente, mas que não se vê.
ANGELO AUGUSTO