REDEMOINHOS...

Espreitava sob a luz, olhar no teto,

Mãos sob a cabeça, a mente a vagar,

Vendo os sonhos, sem os afetos,

O coração chorando, devagar.

Descobrira o tempo perdido,

Como que descortina a alma,

O véu de quem não me olhava,

Quão antes eu era querido.

Restava-me apenas no escuro quarto,

Vencer os medos de agora sozinho,

Renegado aos véus, agora em trapos.

Em pequeno espaço, redemoinhos,

Das lágrimas, coração, um náufrago,

Preso a um escuro leito sombrio.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 13/05/2013
Código do texto: T4288080
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