REDEMOINHOS...
Espreitava sob a luz, olhar no teto,
Mãos sob a cabeça, a mente a vagar,
Vendo os sonhos, sem os afetos,
O coração chorando, devagar.
Descobrira o tempo perdido,
Como que descortina a alma,
O véu de quem não me olhava,
Quão antes eu era querido.
Restava-me apenas no escuro quarto,
Vencer os medos de agora sozinho,
Renegado aos véus, agora em trapos.
Em pequeno espaço, redemoinhos,
Das lágrimas, coração, um náufrago,
Preso a um escuro leito sombrio.