MATER
Eleva a tua verve ao mais vindouro
dos céus de luz, e embebe a tua pena
Nun cálice ideal de vinho e louro,
Cheirando ao casto alvor de uma açucena.
Defende como um rei o teu tesouro
Aquela estrela-mor, clara e amena;
Oferta a tua rima e estrofes d´ouro
A quem sempre o guardou, forte e serena.
Mãe! Dos vergéis do amor sagrada messe,
Boca para o perdão e para a prece,
Mãos que acolhem e livram do perverso.
Mãe, eu não tenho flores para dar-te,
mas se sentires a magia da Arte,
Verás catorze rosas nestes versos...