DESENGANOS DA VIDA
É verdade Zé, teu lenho é pesado,
O vento assopra lânguida a deriva
Como vil na galeota empavesado
Presumido a soberba extravasada.
Ledo no baixel a tua galhardia
É do ímpio e do teu próprio convívio
Cuidado, pois o vento que assobia,
É o alerta desse Deus! Qual o alívio?
É vaidade e ufano proceder
A ascensão de te enaltecer
Pois em teu peito Deus se afastar.
Verdade Zé, nas águas vai afundar,
Quando o baixel o mastro se quebrar
Hás de lembrar! Senhor o que fazer!...