Campinas-SP

A cidade ferve precoce, nem é manhãzinha

Passos frenéticos e cadenciados

Pela pressa da rotina

Buzinam que a hora D se avizinha

Sonolentos madrugadores roncam os ônibus

Antes das cinco; aleijados, desvalidos e pedintes

Acompanham o ritmo de trabalho

Na ordem do dia

Os carros como que brotam do asfalto

Ziguezagueando perfilados qual soldados

Vistoreando o quartelestrada sob sobre e entre as campinas

Robôs teleguiados, as pessoas não erram as salinhas

Onde de tudo se faz para o senhor capital prosperar mais e mais

À noite, estafadas, algumas ainda dormem em paz

Janete Santos
Enviado por Janete Santos em 28/03/2007
Reeditado em 14/12/2020
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