À HORA DO ÂNGELUS
Odir Milanez
Marulha o mar seus místicos mistérios.
O vento inventa vozes vespertinas.
Imprecações, insultos e impropérios
dos humanos, da vida nas esquinas.
O dia adeus se dá nos cemitérios.
Choram chamas à luz das lamparinas.
Ave-marias cantam santos sérios.
Seguem as mariposas suas sinas...
A noite não se nega em ser serena,
esparramando estrelas no universo,
plasmando o espaço em pátina pequena.
As conversas comigo desconverso.
Desnudo a noite, assisto cada cena
e vou vestindo a vida com meu verso!...
JPessoa/PB
12.05.2013
oklima
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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos à vida....