Leito de flores
Quando penso-te, minh'alma cora.
Viajo num momento cristalino.
Éramos nós dois naquela hora.
Entre beijos e afagos mui divinos.
No ternar celestino daquele lume
Contemplando a magia do anelo;
Me rendi, ofegando teu perfume;
Me perdi, te amando mui singelo.
Na jornada infinda, – Ó pura beleza!
Um pergaminho tecido na pureza!...
– Deusa do veemente ardor que clama...
Desprovida, – tão linda – aprazente;
Despida, entre corpos ardentes
Serenada... — belíssima na cama!
(Airton Ventania)