Confissões (37)
Edir Pina de Barros
Amores, sim, eu tive e tive os meus encantos,
e mergulhei no mar de sonhos e quimeras,
das ilusões, paixões das plenas primaveras,
e padeci de amor, e naufraguei em prantos;
já me perdi de mim nos becos, ruas, cantos
pisando o chão da dor das perdas, das esperas,
que abriram dentro em mim milhares de crateras
de desesperação, de mágoas, desencantos.
Agora estou aqui, a repensar a vida,
colhendo o que plantei, mas não estou perdida,
porque plantei em mim sementes de saudade
que enfloram meu viver em tempos outonais,
e deitam mil raízes em meu chão, quintais,
razão dos versos meus, ternura que me invade.
Edir Pina de Barros
Amores, sim, eu tive e tive os meus encantos,
e mergulhei no mar de sonhos e quimeras,
das ilusões, paixões das plenas primaveras,
e padeci de amor, e naufraguei em prantos;
já me perdi de mim nos becos, ruas, cantos
pisando o chão da dor das perdas, das esperas,
que abriram dentro em mim milhares de crateras
de desesperação, de mágoas, desencantos.
Agora estou aqui, a repensar a vida,
colhendo o que plantei, mas não estou perdida,
porque plantei em mim sementes de saudade
que enfloram meu viver em tempos outonais,
e deitam mil raízes em meu chão, quintais,
razão dos versos meus, ternura que me invade.