Para Rejane Alves *

A dor de uma partida mais que chorada
Gruda n'alma por toda uma vida adiante.
Mais que passe o tempo, essa figura amada
Segue-nos os passos em qualquer instante.

Saudade de quem, por morte agasalhada
Foi, parece nunca chorada o bastante.
Mesmo em imagens alegres relembrada,
Ressurge a dor como fosse uma constante.

É consolo saber nunca ter ferido
Esse tão inesquecível, amado ente?
Não restaura um coração mais que partido...

Nada compensa uma perda irreparável.
Quem numa outra vida se faz um bom crente
Espera o reencontro, se o vê provável.


* Tentativa de interação com Rejane Alves, a propósito de seu poema MAMÃE.
Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 11/05/2013
Reeditado em 05/06/2013
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