SONETO AO HOMEM COMUM
A vida passa e os olhos não percebem
O sol branqueia cabelos, muda paisagem
As rugas caminham silenciosas
Se fundam no descompasso do homem
A passagem dos anos fúteis
Nas ruas estreitas de todos nós
Não são percebidas e vão-se ao mar
Onde tudo será sal e solidão
Teu rosto agora esfinge da velhice
Esconde todos os sonhos galvanizados
Pela ação do tempo e da mesmice
Oh! Destino do homem cativo
No livro que nem sabes que escreves
Tudo é fútil, nada é substantivo!