Sem destino
Apartado andejo amargoso
Sem destino, lacrimoso, ofegante,
Sob o véu de um céu lutuoso.
Amargurado estou tão distante.
Ouço o trem, longínquo, vagante
Cansado, abatido, aflito e forçoso.
Neste torturado limo venoso...
Errante, marcho sem tino; adiante.
No silêncio; ansioso, Anelo a rima.
E contemplo tua miragem divina.
És meu cristalino, airoso; – devaneio!
Ah... como anseio teu corpo divino!
Foram-se as promessas; nosso hino...
Teus lábios, teus mimos... teus seios!...
(Airton Ventania)