O Amante Inveterado
Um último brinde ao mais tenro dos amores
Ao mais lívido e inveterado dos amantes
Tragam essa bebida que desce escaldante
Desfazendo honras e deixando furores
Não vês taverneira como o meu copo está vazio
Assim como minha alma arqueada que se cansa
Desses amores de loucuras e desesperanças
Que morre no coração de sentimentos frios
Sobreviver mais um dia ébrio e respeitoso
Em meio a uma sociedade que prefere o árduo afã
Sou um incorrigível galanteador deleitoso
Que prefere as noites frias em camas quentes e duvidosas
O cheiro do perfume barato de uma cortesã
E a mente livre embebecida de uma vida perigosa