SONETO DE OUTONO

Pelas frestas entra o som outonal

Silva o Outono com sua brisa fria

Esvoaçantes folhas em "gran finale"

É a nova estação que se prenuncia

Bordam as árvores belas mortalhas

Tramam linhas marrons e amarelas

Discreto sol novos ocasos entalha

A Natureza a pintar uma nova tela

Paineiras em flor subornam o tempo

Renovação invade campos e jardins

Uma doce melancolia os dias invade

Tudo certo, em contínuo movimento

Um novo princípio nasce do novo fim

É a Vida, transmutação da eternidade!

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Dedico estes versos a todos os Recantistas cujo olhar se deslumbra com a beleza natural e, em especial, a Zuleika dos Reis, amante de paineiras (que florescem no outono) e a Ádria Comparini, amante da Natureza em flor (presença constante em suas criações), fontes de inspiração.

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Agradeço participação da sensível ÁDRIA COMPARINI, comparecendo com belíssimo soneto, saudando a Natureza com seus mágicos outonais versos:

BRISA OUTONAL

De metáforas o outono é repleto

Dias frios que sucedem o verão

Ainda passaremos por outra estação

Com esperanças de dias mais completos...

Folhas caindo em variados tons

Pedindo que também nos despojemos

Dos males melancólicos mais extremos

Que não servem mais e não são bons

Hora de refazer a nossa novela

Criando assim a mais linda tela

Equilibrada, leve e delicada

O brilho solar no jardim revela

Grandes paineiras em flor na janela

Abrindo a nova fase tão sonhada!

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Agradecimentos a ALEKI ZALEX, totalmente envolvido pelo clima outonal, que também derrama belíssimos versos em seu "Soneto ao Outono":

Pelas frestas a brisa invade e me faz sentir

No silvo dos ventos a frialdade ourtonal

E o som das folhas flanam pelo quintal

Prenunciam na dança a estação qu'está por vir

Árvores rendadas co'os dourados a fremir

Pelas linhas tênues de montes amarelecidos

Beijam o sol que pinta ocasos desfalecidos

Verte a Natureza em aquareala a se traduzir

As paineiras, que já exibem as suas cores

Obrigam o tempo a estancar por um momento

Renovando a vida na exuberância de suas flores...

E a Natureza em consoante movimento

Renasce do fim aparente, em novos ardores...

A eterrnidade persiste e povoa os sons do vento...

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gajocosta
Enviado por gajocosta em 08/05/2013
Reeditado em 12/05/2017
Código do texto: T4279778
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