SONETO DE OUTONO
Pelas frestas entra o som outonal
Silva o Outono com sua brisa fria
Esvoaçantes folhas em "gran finale"
É a nova estação que se prenuncia
Bordam as árvores belas mortalhas
Tramam linhas marrons e amarelas
Discreto sol novos ocasos entalha
A Natureza a pintar uma nova tela
Paineiras em flor subornam o tempo
Renovação invade campos e jardins
Uma doce melancolia os dias invade
Tudo certo, em contínuo movimento
Um novo princípio nasce do novo fim
É a Vida, transmutação da eternidade!
_____________________________________
Dedico estes versos a todos os Recantistas cujo olhar se deslumbra com a beleza natural e, em especial, a Zuleika dos Reis, amante de paineiras (que florescem no outono) e a Ádria Comparini, amante da Natureza em flor (presença constante em suas criações), fontes de inspiração.
___________________________________________
Agradeço participação da sensível ÁDRIA COMPARINI, comparecendo com belíssimo soneto, saudando a Natureza com seus mágicos outonais versos:
BRISA OUTONAL
De metáforas o outono é repleto
Dias frios que sucedem o verão
Ainda passaremos por outra estação
Com esperanças de dias mais completos...
Folhas caindo em variados tons
Pedindo que também nos despojemos
Dos males melancólicos mais extremos
Que não servem mais e não são bons
Hora de refazer a nossa novela
Criando assim a mais linda tela
Equilibrada, leve e delicada
O brilho solar no jardim revela
Grandes paineiras em flor na janela
Abrindo a nova fase tão sonhada!
_____________________________________________
Agradecimentos a ALEKI ZALEX, totalmente envolvido pelo clima outonal, que também derrama belíssimos versos em seu "Soneto ao Outono":
Pelas frestas a brisa invade e me faz sentir
No silvo dos ventos a frialdade ourtonal
E o som das folhas flanam pelo quintal
Prenunciam na dança a estação qu'está por vir
Árvores rendadas co'os dourados a fremir
Pelas linhas tênues de montes amarelecidos
Beijam o sol que pinta ocasos desfalecidos
Verte a Natureza em aquareala a se traduzir
As paineiras, que já exibem as suas cores
Obrigam o tempo a estancar por um momento
Renovando a vida na exuberância de suas flores...
E a Natureza em consoante movimento
Renasce do fim aparente, em novos ardores...
A eterrnidade persiste e povoa os sons do vento...
___________________________________________