SEM DESTINO...
Eu vejo que teus olhos não tem brilho,
E, tristes veem o mundo assim sem graça;
Eu vejo que teu passo vai sem trilho;
Eu sinto em ti tristezas quando passas...
Na grande solidão tu és um andarilho,
E andas pelas noites negras, lassas;
Parece d’amargura ser seu filho;
A dor te assoma em haustos de cachaça...
A vida segue em frente e te permeia,
E bate nos teus dias contundente,
Querendo ser gastada em tua dor...
Quem dera que teus dias feito areia,
Soprados pelo vento eternamente,
Voassem sem destino ao céu do amor!...
Arão Filho
São Luís-Ma, 07/05/2013