Velho jatobá
Edir Pina de Barros
Choremos como o velho jatobá
cortado pelas mãos violentas, brutas,
o antigo jatobá por onde escutas
cantar o canarinho, o sabiá;
depois de tanto tempo, tantas lutas,
chorando a própria seiva agora está
(tristeza mais profunda, sei, não há)
cortado por pessoas vis, astutas.
Choremos seivas d’alma, transparentes,
- que rolem como as águas confluentes -
a mesma dor que assim o faz chorar.
E chorarão os pássaros, decerto,
o seu destino sempre vago, incerto
sem ter mais onde ir ou se aninhar.
Cuiabá, 5 de Maio de 2013.
Livros:
Cantos de Resistência, pg. 39
Poesia das Águas, pg. 94
Sonetos selecionados, pg. 100
Edir Pina de Barros
Choremos como o velho jatobá
cortado pelas mãos violentas, brutas,
o antigo jatobá por onde escutas
cantar o canarinho, o sabiá;
depois de tanto tempo, tantas lutas,
chorando a própria seiva agora está
(tristeza mais profunda, sei, não há)
cortado por pessoas vis, astutas.
Choremos seivas d’alma, transparentes,
- que rolem como as águas confluentes -
a mesma dor que assim o faz chorar.
E chorarão os pássaros, decerto,
o seu destino sempre vago, incerto
sem ter mais onde ir ou se aninhar.
Cuiabá, 5 de Maio de 2013.
Livros:
Cantos de Resistência, pg. 39
Poesia das Águas, pg. 94
Sonetos selecionados, pg. 100