ILUSÃO E FORMOSURA
 
Não faz muito tempo, Musa deste soneto,
Que a tua beleza em rimas eu exaltava;
Todo o meu canto para ti se encaminhava:
Do primeiro quarteto ao último terceto!
 
Eras então para o poeta  um minueto
Em cujas notas ( clássicas)  o amor  bailava;
E deste amor que o trovador te consagrava,
Nasciam  liras  de cantatas em  concerto!
 
Insensata  paixão que a alma  cega e arrebata,
Que  somente enxerga do corpo a arquitetura
E  não vê nem sente d!alma  a vaidade inata!
 
Mas, por que canta o vate esta canção impura,
Se já sabia  que cantava  em serenata,
Uma ilusão que se encarnou  na  Formosura!
 


Fundo Musical: Nostalgia (Gardel e Le Pera

 
Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 04/05/2013
Reeditado em 07/08/2019
Código do texto: T4273639
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