SUTIS ENGANOS

Há um tanto de ausência de mim
no meu coração, que esmoreço.
Olho-me no espelho e não me reconheço.
Há um tanto de dor de doer assim

sem razão. Um tanto de não ser
perspectiva insólita. De ter, ao menos,
repousos, momentos amenos;
um entardecer, a chance de pertencer

às coisas miúdas dos humanos.
Passar um dia sem danos.
Um dia com algumas respostas.

Não sei, destino, o quanto gostas
de mim, mas, para ti, não tenho planos,
apenas dúvidas, incertezas, sutis enganos.

Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 03/05/2013
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