PRIMEIRA LUZ

Estrela amante em noites de brilhante luz

É clarão cintilante em longa e divina espera.

Prenúncio luminoso no lastro das quimeras

Que no peito do sol silente deita-se, reluz.

Transluzem beijos de amores espargidos

À luz incandescente das chamas imersas

No cósmico das esteiras que adversas

Fiam-se horas de desejos consumidos.

E eu, entre juras e encontros compartidos

Sou uma réstia de luz ao sol da nova era

Esperando o verso eternizado e sidério

À primeira luz que a paixão encerra

No universo do amor em sustenidos,

Vestida de sol e de seus mistérios.