MÃE

Mãe, que me deste à luz sem o teu brilho;

No pouco amor, carinho que me deste,

Encontra-se meu ser que se reveste,

Nas más lembranças de que sou teu filho.

Pelos caminhos do destino, trilho

Amargura de que tão bem soubeste,

Num mal que pelo tempo me fizeste,

Nesta dor já desfeita em trocadilho.

De ti, pouco me resta nesta vida;

Que sempre irei lembrar desta tristeza,

Na esperança de amor que foi perdida!

Mas rogo a Deus de que tenhas beleza;

Do que foi viver, sem teu amor, medida

Grande em perdão, de que terás certeza.

ANGELO AUGUSTO

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 03/05/2013
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