Diligo, ergo cogito, ergo sum

Tão de repente, em mim, desabrochou

a rosa tão contente e tão calada

e à vista do não-ser, do puro nada,

fecunda um para-si, um ser; um sou.

Um existir à mente humanizada

conhece o que desmente, o que eu sou,

embora o esquecer quem abraçou

não saiba desistir da sua amada.

É qual um colibri que beija a flor,

é pleno no buscar, seja onde for,

o cerne inteligível do viver.

Tal qual a flor que beija o colibri,

é a essência que sobeja o existir;

existo porque sei que amei você.

Jean Marcell Gomes Albino
Enviado por Jean Marcell Gomes Albino em 02/05/2013
Reeditado em 03/05/2013
Código do texto: T4271093
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