Diligo, ergo cogito, ergo sum
Tão de repente, em mim, desabrochou
a rosa tão contente e tão calada
e à vista do não-ser, do puro nada,
fecunda um para-si, um ser; um sou.
Um existir à mente humanizada
conhece o que desmente, o que eu sou,
embora o esquecer quem abraçou
não saiba desistir da sua amada.
É qual um colibri que beija a flor,
é pleno no buscar, seja onde for,
o cerne inteligível do viver.
Tal qual a flor que beija o colibri,
é a essência que sobeja o existir;
existo porque sei que amei você.