ADORMECIDAS ILUSÕES
Odir Milanez
Envolto em sombras de ilusões adormecidas,
paira o poeta além dos estros do parnaso.
Sente-se sol sem mais albor, ourando o ocaso,
como se fora fogo-fátuo de outras vidas.
Intenta estrofes de esperanças esquecidas,
memora amores morredoiros, caso a caso,
sepulta sonhos sob as cismas, ao acaso,
e perdido se põe perante a fé perdida...
Mas eis que as musas cantam castas cantilenas,
canções de amor eterno há muito tempo ouvidas,
amores divinais de muitas vidas plenas!
E o poeta, desperto, volta às suas lidas,
sem mais pensar pesares, dês que estava apenas
envolto em sombras de ilusões adormecidas!
JPessoa/PB
02.05.2013
oklima
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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...