BARCO, VENTOS E VELAS
Fagner Roberto Sitta da Silva
Urge viver, traçar outros itinerários,
erguer velas e, quando os ventos das mudanças
cantarem pelo mar, na noite, os rumos vários,
ir pelas ondas mil com grandes esperanças.
Urge chegar, enquanto as velas e os contrários
ventos lançam o barco incerto pelas danças
das águas e seguir nos talvez temporários
tempos calmos buscando um mar só de bonanças.
Seguir a vida, sua eterna travessia,
enquanto o barco da alma, atravessando as brumas,
segue na direção de um porto, um novo dia.
E ver surgir, depois de tanto desatino,
só a imagem da luz a brilhar nas espumas,
no barco, em minha vida: o sol do meu destino.
01 de maio de 2013.