DEI TUDO DE MIM
Dei tudo de mim, mesmo tudo e tudo
Foi pouco, porque foste a minha vida,
Onde os sonhos que vivi num escudo
Da alma que derramou toda a ferida.
Nos meus versos que grito, fico mudo
Num silêncio em voz minha tão sofrida,
Em que amor te dei tanto, sobretudo
Entreguei-me em paixão que foi perdida.
Fiquei com a alma minha tão serena;
Mesmo sentindo a dor no corpo e mente,
Do mal de amor, tamanha minha pena.
Que agora estou fingindo ser contente;
Mas se alma minha for mesmo pequena,
Lembrança leva o que já não se sente.
ANGELO AUGUSTO