Soneto da morte em vida
Sinto-me esperando algo acontecer
Temor me dá em jamais encontrar
O motivo que estou sempre a esperar
Sem saber o que poderia ser
Uma morta em vida não quero ser
Como tantos que encontro e vou encontrar
São eles poça que antes era mar
Larga, mas rasa, posso perceber
É triste a indiferença do conjunto
Mortos sem portos, euforia aparente
Sem esperar por sua barca, sua guia
Desejo a liberdade e me pergunto
Se conseguem me tirar a corrente
E dar-me o tom exato a alegria