A MORTE DO POETA EM MIM
Sinto, mas não sei escrever.
Nem toda regra sei usar
Talvez nem saiba bem rimar
E é disso que eu vim vos dizer.
Na tal prosa estou a mercê
Da mi’a pobre lira...Que azar!
Nem mesmo um poema sei montar
Ai! Quem me dera um poeta ser...
Farto estou, ilusões assombram
As vãs esperanças que encontram
N’alma de quem almeja voar...
Não tenho asas ... Vou pro fundo
A verdade é um poço imundo
Onde aos poucos vou me afogar...
... Esta é a morte das minhas palavras...