A MORTE DO POETA
Odir Milanez
Meu verso dorme. O magma descansa.
O silêncio do nada me atordoa.
A poesia apartou-se da lembrança.
A mente inventa tramas. Mente à toa.
Apenas o passado inda me alcança.
É-me o passado a única pessoa
precursora de um pouco de esperança,
de alguma dor que mais não me magoa.
Reflito no deserto da procura,
mas são ideias idas, desiguais,
descendências distais da desventura.
O som da chuva, o mar, os vendavais,
motivos de um poema à noite escura,
mas o poeta em mim não vive mais...
JPessoa/PB
01.05.2013
oklima
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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...