SONETO DA MARGINALIDADE.
Vi com dor a real vida,
na face de uma infante,
que no sorriso inocente,
não registra agrura sofrida.
Na grande artéria em fogo,
o progresso passa ligeiro,
naquele rostinho lisongeiro,
a matriarca lhe nega afago.
A quem imputar a culpa,
ao vicio,ou a sociedade,
ou a sofrida vida na cidade?
Mas de uma mãe alcoolizada,
que a pobre infante condena,
não apaga o sorriso da pequena.