DANDO NOME AO VAZIO



DANDO NOME AO VAZIO
Silva Filho


Um lugar reservado numa sala
Uma cama que não tem sofreguidão
Um sorriso que perdeu a combustão
E um rosto que acena, mas não fala.

Um perfume que no ar não mais exala
Uma boca cujo beijo é em vão
Um abraço que não deixa sensação
E um desejo muito forte que se cala.

Quis o verso tão-somente descrever
Uns momentos que vivemos, sem querer
Quando escapa a total felicidade.

O vazio que traduz este poema
Antes mesmo que se torne um dilema
Bom saber que tem o nome de SAUDADE!