PERTURBAÇÕES
Saudades de ti, meu amor querido...
Amor eterno de tempos idos e vividos...
Deixo nesse soneto meu carinho enegrecido;
Recado da saudade em tempo não esquecidos.
Saudades de ti, meu sonho escondido...
No meu coração aceso como brasa fundindo,
Banhado por meus sofrimentos, dias confundidos
Eternamente; descansando, vagueando, no indo e vindo.
Saudades de ti meu moreno guardado no fetichismo
Onde o adeus mora na alma, em dor no esquisitismo,
Fechando meus olhos diante o grande ocultismo.
Perdoa meus clamores, junto aos ais no romantismo
Que perturba todo meu querer esquecendo o catecismo
Em cima da minha teimosia, do meu credo, do meu cristianismo.
DIONÉA FRAGOSO