A Cruz da Estrada

Era um caminho escuro e sombrio,

E eu o percorria com temor.

Da névoa turva exalava pavor,

E o vento trazia consigo o frio.

Das árvores ecoava um grito,

Num tom medonho como a morte,

E esse tom cada vez mais forte

Deixava-me ainda mais aflito.

Vi mais adiante uma branca cruz,

Que em meio ao negrume se fazia luz

E como um farol numa torre, iluminava.

Fui até ela para ver os seus escritos,

E mais assustador do que todos os gritos

Foi saber que o meu nome nela constava.