FERROVIÁRIA
Rumava com a sorte, o norte na intenção,
Assim que a nomeava, um nome se estampava
Da pele que sentida ao toque que restava,
Enfim se nomeava: o nome? Sensação.
No pátio rumoreja os laços que o vagão
Aos braços de outro tempo, leve a levava,
E o peito a resistir à chama que teimava
Calar o que senti: o nome? Coração.
Vapor de mil sentidos... sacode... ciciando
O teu olhar no meu – nosso – fecundando
Em outras estações de sonhos e canção.
Um lenço de brancura, um lenço de saudade
Se pende da janela e prende no que há de
Deixar no para sempre: o nome? Solidão!