Soneto a minha vocação
Muito jovem tornei-me repentista
Fiquei longe da tosca veleidade
Dediquei-me a cantar com lealdade
Esse mundo nefando e pessimista
Eu não quisera ser grande arrivista
Porque prezo bastante a liberdade
Do meu povo eu domara a má vontade
Em sagrar-me famosos beletrista
Nunca tive ganancia por dinheiro
O meu sonho sagrado de troveiro
Me fez sensato como outro qualquer
Como artista eu me sinto bem feliz
Ser doutor eu não fui porque não quis
E ser poeta eu sou porque Deus quer
Soneto de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio Agostinho, hoje homem dedicado às letras.