ÚLTIMO ALVORECER
Com esta dor me resta padecer!
Minh’ esperança já se encerrou.
Eu sinto que meu fim se iniciou;
E não verei mais um alvorecer!
Pranteio pelo que não se passou
Mas não suporto mais assim viver...
Minha doença é a sede de morrer
Nenhuma outra escolha me restou.
Trilhando a solidão, acompanhado
Por todo meu desgosto e esse fado
Me leva ao féretro da desventura...
Eu quero descansar. Adeus, Senhores!
E, se puderem, deixem rubras flores
Ao pé dum anjo em minha sepultura.
São Paulo – Juiz de Fora;
24 e 25 de abril de 2013