ÚLTIMO ALVORECER

Com esta dor me resta padecer!

Minh’ esperança já se encerrou.

Eu sinto que meu fim se iniciou;

E não verei mais um alvorecer!

Pranteio pelo que não se passou

Mas não suporto mais assim viver...

Minha doença é a sede de morrer

Nenhuma outra escolha me restou.

Trilhando a solidão, acompanhado

Por todo meu desgosto e esse fado

Me leva ao féretro da desventura...

Eu quero descansar. Adeus, Senhores!

E, se puderem, deixem rubras flores

Ao pé dum anjo em minha sepultura.

São Paulo – Juiz de Fora;

24 e 25 de abril de 2013

Isabella Cunha e Fernando Caetano da Costa
Enviado por Isabella Cunha em 25/04/2013
Código do texto: T4259712
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