CONVERGÊNCIAS!

CONVERGÊNCIAS

Silva Filho

Bem entendo tal e qual você, amiga

No tocante aos efeitos do poema

Se um dia traz a dor – e até intriga

Noutro dia tem o amor como emblema.

Não sabemos quando pode ser fatal

Não sabemos quando cura ou afeta

Se quisermos segregar o bem do mal

Não será com ferramenta de poeta.

São os versos uma faca de dois gumes

Afagando com um risco iminente

Em momentos de total insanidade.

Ser poeta é focar com muitos lumes

Dar aos outros um motivo convincente

E morrer sem encontrar identidade.