Nua... na areia.
Munida, duma alma, tão pura.
E de mãos pequenas, infindas
Com fulgor nas juras impuras.
Tão calma, tão plena e tão linda!
Mulher muito doce; – uma ternura!
Tu jazes nos anseios divinos!...
Ah, como te quero; — doçura!...
Nua, em meus beijos, cristalinos!...
— Oh Deus; que linda essa menina
... ampara, incendeia e me ilumina!
Perco-me nos cascalhos da aldeia.
— Seria um anjo celeste a alumiar?
Com ela que eu quero mui amar.
Amar nua, inconteste, na areia!...
(Airton Ventania)