Nua... na areia.

Munida, duma alma, tão pura.

E de mãos pequenas, infindas

Com fulgor nas juras impuras.

Tão calma, tão plena e tão linda!

Mulher muito doce; – uma ternura!

Tu jazes nos anseios divinos!...

Ah, como te quero; — doçura!...

Nua, em meus beijos, cristalinos!...

— Oh Deus; que linda essa menina

... ampara, incendeia e me ilumina!

Perco-me nos cascalhos da aldeia.

— Seria um anjo celeste a alumiar?

Com ela que eu quero mui amar.

Amar nua, inconteste, na areia!...

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 25/04/2013
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