Espectro da mulher sombria
Aquela misteriosa mulher,
Que anda como uma sombra triste
A vagar por esplêndido jardim qualquer,
E a sepultar a tristeza insiste.
O rosto outrora jovem, agora descarnado,
Agora insípido, agora fugaz,...
Vaga deslizando qual fantasma atormentado,
De voltar a viver não é capaz.
Antes bela mulher agora espectro sombrio,
Que percorre as agruras da desgraça evidente.
Da sua pele sente-se somente o toque frio.
Ah alma descabida e degredada, amas a morte?
Teu soneto é fúnebre como tua história de vida,
Mas se a morte te abraça, não terás outra sorte.