Confissões (33)
Edir Pina de Barros
Silêncio, por favor, não digas nada,
eu quero ficar só comigo agora,
não quero ouvir corujas noite afora,
nem ver estrelas nesta madrugada;
minh’alma está dorida, amortalhada,
e nada sente, nem soluça ou chora,
não tem o viço que já teve outrora,
perdeu-se de si mesma, está cansada.
Não digas nada, por favor, eu quero
ficar comigo mesma, ouvir bolero,
quiçá um belo tango de Gardel.
Eu busco a solidão mais plena e pura,
esse silêncio terno, essa candura
que habita o coração do escuro céu.
Edir Pina de Barros
Silêncio, por favor, não digas nada,
eu quero ficar só comigo agora,
não quero ouvir corujas noite afora,
nem ver estrelas nesta madrugada;
minh’alma está dorida, amortalhada,
e nada sente, nem soluça ou chora,
não tem o viço que já teve outrora,
perdeu-se de si mesma, está cansada.
Não digas nada, por favor, eu quero
ficar comigo mesma, ouvir bolero,
quiçá um belo tango de Gardel.
Eu busco a solidão mais plena e pura,
esse silêncio terno, essa candura
que habita o coração do escuro céu.