Soneto confuso (Homenagem a uma poetisa louca)
Quando as águas descem pelas pedras
Em meio ao caos urbano que assombra
A virgem imaculadamente reza
Em outonos e invernos a tarde tomba
Se o homem fosse o que se prega
Nada no mundo teria tanta pompa
E as almas calmamente carregam
Velas acesas sobre os escombros
O susto aliado ao que se sonha
Ofusca a beleza das quimeras
As rosas ganham leveza enfadonha
E as pedras, descem pelas montanhas
O grito da noite fala mais alto que se espera
E as águas não são mornas na primavera...
Nota do autor:
Quem puder explicar o que entendeu o poeta agradece.