SONETO AO LUTO

Acordei outra vez morta

Tomada por nascentes de dor

Sanidade alucinada que anestesia

A perda posta aos sentimentos e a memória

Inflo os pulmões de ar

Mas não tenho forças para mais um grito

Arrasto minha carcaça e me agarro agora

A cada resquício de ar que não dividi contigo

Por isso tento quebrar apavorada

A realidade que agora me apavora

Esse tormento que não descansa

Tu és a outra metade do alicerce do meu sangue

Junta com ele me fez uma vez viva

Tenho os dois em mim e não posso tocá-los

Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 23/04/2013
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