Quase (Inspirado na mensagem homônima de Sarah Westphal)

Muito pior que aquele “não” convicto,

Ou até mesmo do “talvez” incerto,

O que me deixa mesmo mais aflito

É sempre o “quase”, esse vilão experto.

Contesto a vida morna, sem conflito;

O medo de enfrentar algum deserto;

A duvida cruel, o “sim” não dito,

O receio de ver a dor de perto.

...As chances que perdemos por “brinquedo”;

A oportunidade sem cultivo,

Mesmo as idéias ditas em segredo.

Que vale ruminar o que perdeu?

Embora o “quase morto” esteja vivo,

Também quem “quase vive” já morreu...

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 23/04/2013
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