IMPONDERÁVEL ERMO

Nas noites onde flamam despedidas,

Pensamentos que não sei expressar

Com palavras plissadas pelo ar

Cantando a ode que inspira a partida.

E d'outra sorte a voz que me tem vida

N'outro lugar, talvez, a me esperar;

Longínquo, prisco, vastidão do mar,

Imponderável ermo sem saída...

E vou de incerto, a noite espedaçada

No torpor de uma mente amargurada,

Que jaz na solidão das febres puras.

Sendo um beijo nos lábios do infinito

O lamento de um bardo triste e aflito

Que desta noite vai sonhando alvuras.

Isabella Cunha e Vitor S
Enviado por Isabella Cunha em 23/04/2013
Código do texto: T4254799
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