EU VIAJEI NO RASTRO DE UM POEMA TRISTE
®Lílian Maial
Eu viajei no rastro de um poema triste,
e dei carona ao sol, cicerone da lua,
prisioneira de toda a contramão que existe,
senhoria das horas, que o peito jejua.
Eu naveguei na proa de um verso que assiste
ao naufragar da aurora, sem tábua e sem pua,
sem leme da palavra, a vida, dedo em riste,
apontando o caminho, que a solidão flutua.
Eu me joguei do alto de um soneto em chamas,
que ardia as pobres rimas, tal e qual feitiço,
o mesmo que o poeta insiste em escandir.
Então me tatuei nas linhas que declamas,
queimando em tua boca, nas brasas que eu atiço,
marcada p’ra que nunca mais me deixes ir!
***************
®Lílian Maial
Eu viajei no rastro de um poema triste,
e dei carona ao sol, cicerone da lua,
prisioneira de toda a contramão que existe,
senhoria das horas, que o peito jejua.
Eu naveguei na proa de um verso que assiste
ao naufragar da aurora, sem tábua e sem pua,
sem leme da palavra, a vida, dedo em riste,
apontando o caminho, que a solidão flutua.
Eu me joguei do alto de um soneto em chamas,
que ardia as pobres rimas, tal e qual feitiço,
o mesmo que o poeta insiste em escandir.
Então me tatuei nas linhas que declamas,
queimando em tua boca, nas brasas que eu atiço,
marcada p’ra que nunca mais me deixes ir!
***************