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SEM VOLTA
Odir Milanez
 
 
Eu nunca mais voltei à casa minha.
Tenho cismas da sombra da saudade,
dos versos que inda estão na escrivaninha
desejosos de luz, de liberdade.
 
Melhor deixá-la em paz, assim sozinha,
mergulhada em mentiras da verdade
vestindo dos meus versos cada linha,
fartada de infeliz felicidade!
 
Foi nela que eu vivi a vida à vera,
a vida que me amava, que me vinha
dos beijos de uma boca à minha espera!
 
Mas depois que a paixão se fez daninha
e a querência quedou-se na quimera,
eu nunca mais voltei à casa minha...
 
 
 
JPessoa/PB
20/04/2013
oklima

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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...

 
oklima
Enviado por oklima em 20/04/2013
Código do texto: T4251116
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