Soneto ao homem bruto.
Este corpo que te habita,
homem insano, e compacto,
se não te entendas , reflita,
a industria viva no seu recato.
Enquanto verbaliza iniquidade,
nas suas entranhas a paz,
sela abraço,com habilidade,
não entende a industria que traz.
Enquanto dorme, a vida pulsa,
em ti, há vida, há mortes
há alterações constantes.
Mas homem bruto,que em ti cursa,
apaga a luz do entendimento,
cega os olhos,vive em lamento.