Punhais da Saudade.

Punhais da Saudade.

Ah! Afagar que não sacia coxos do amor.

Sem os beijos, os lábios murcham,

Sem abraços, a alma exaure prenhe de dor.

Quantos punhais são necessários agora

Para matar a dor saudosa do peito?

Os mesmos que alfinetam precisos

O coração que pulsa gotejante?

Dilacerados na cisão mudas das horas

Pomba destroçada às garras frias do falcão,

Oh! Meu degredo, paixão sem fim...

Mar de náufragos, cor carmim...

Corpos, sedentos, afogados, amantes!

Somos nós a deriva, moribundos na tormenta

Em volúpia entre as vagas dessas ondas.

Adonis Yehrow
Enviado por Adonis Yehrow em 19/04/2013
Código do texto: T4249032
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