Reflexos da Lua sobre o Sol

Falam sobre “amar” para lá e para cá

De um lado, alguém fala de maneira fria

Do outro... Ah! Mas como sorria

E, entre ambos, ponho-me a questionar

Qual função tem este intrépido verbo?

Para chegarmos ao ponto de duvidar

Ou apenas para que possamos conjugar

À necessidade do Romântico Soberbo?

Errado é atribuir “amar” a algo bom

Aquele é desnecessário para se atingir este dom

Eu rogo praga a este verbo tão dissimulado!

Portanto, não ouso – aqui – te ludibriar com esperanças

Muito menos afagar-te com a mais doce das vinganças

Contra quem quer que venha a ser o seu príncipe encantado!

(Publicado, em 2014, no livro Reflexos da Lua Sobre o Sol)

editorareflexos@gmail.com