Serenata

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Ah, noite soberana e que esconde a donzela!

À noite, quando dorme o homem e seu sonho

brota, nasço, cantando e, somente pra ela,

meu canto que é sereno e de apelo tristonho.

Se surgir na janela, esgueirada e sorrindo,

e minha indócil alma esforçar-se num grito,

não tema – é o violão gemendo e se esvaindo...

É a resposta da ária, ao brado que arbitro.

Sente o justo compasso? E são dois para lá,

dois para cá... Se a valsa é minha, solitária,

levito, a cada acorde, imbuído de emoção.

Proclamo: serenata é visitar o lar.

Serenata, porém, na doce voz binária,

é o som do coração, sangrando ao violão.

(Nijair Araújo Pinto)

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POESIA PREMIADA E SELECIONADA PARA O LIVRO DA 2ª MOSTRA DE POESIAS ABRIL PARA A LEITURA - EDIÇÃO POETA PEDRO BANDEIRA. REALIZAÇÃO DO CENTRO CULTURAL BANCO DO NORDESTE DO BRASIL - CARIRI/2013.

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 18/04/2013
Reeditado em 22/05/2013
Código do texto: T4247530
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